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- Quem pode fazer restauração?
"O conservador-restaurador não é um artista como era o restaurador de séculos passados, ainda que tenha de dominar as técnicas artísticas. Tem de compreender o processo de degradação a que a obra está sujeita, isolar as causas que lhe estão subjacentes, combatê-las, tomar medidas para minimizar a possibilidade de repetição dos problemas e assegurar que a obra está em condições de cumprir as suas funções, sejam elas museológicas, culturais ou outras. Além de só poder intervir depois de entender o problema que justifica a sua intervenção, tem de lidar com uma série de questões de natureza ética e histórica, no seio de um complexo processo de gestão do patrimônio." Antônio João Cruz, diretor do Mestrado em Conservação e Restauração do Instituto Politécnico de Tomar, PT. Em artigo no jornal português Público, o diretor do Mestrado em Conservação e Restauração do Instituto Politécnico de Tomar, Antônio João Cruz, revela alguns pontos muito interessantes sobre a restauração e conservação de peças. A partir de exemplos de trabalhos destrutivos do patrimônio histórico, Antônio esclarece detalhes sobre a importância desse tipo de intervenção. Selecionamos alguns trechos abaixo. “Nestes casos, como em muitos outros que não têm a mesma divulgação, o problema é o mesmo: por um lado, alguém que faz a intervenção sem ter a mínima competência, quer ao nível dos princípios teóricos, quer ao nível do domínio técnico, e, por outro lado, alguém que aprova uma intervenção sem que disponha da compreensão técnica, histórica e estética indispensável à gestão do patrimônio que tem a seu cargo.” “Este problema resulta de a conservação e restauro ser uma atividade que, tal como é hoje praticada, não é suficientemente conhecida fora deste mesmo meio. A ideia comum é a de que uma obra de arte, quando necessita tratamento, é sujeita a um restauro que será tanto melhor quanto mais imperceptível for e visualmente mais próximo do original deixar essa obra — algo que em casos como os referidos, no entanto, está infinitamente longe de acontecer.” “Em primeiro lugar, as intervenções não se limitam ao restauro, ou seja, à tentativa de restituir a funcionalidade à obra — algo que, aliás, deverá ser um último recurso. Há também a intervenção de conservação, a qual tem como objetivo apenas interromper ou minimizar os problemas de alteração ativos, sem pretender eliminar as marcas e os danos que fazem parte da história da obra e a valorizam, seguindo um princípio de intervenção mínima. E há a conservação preventiva, ou preservação, que simplesmente pretende evitar o aparecimento de problemas.” “Em segundo lugar, mesmo nos casos em que é necessário realizar um restauro, são mantidos os materiais originais ainda existentes — mesmo que, obviamente, não apresentem o esplendor de outrora — e a intervenção é feita de forma que, através de uma observação de pormenor, seja possível distinguir entre o que é original e o que resultou do restauro, para isso usando diferentes materiais, ainda que compatíveis, e específicas técnicas de aplicação dos mesmos. Além disso, tanto quanto possível, a intervenção será reversível, isto é, feita de modo que no futuro, se necessário, os novos materiais possam ser removidos sem que daí resulte dano para os materiais pré-existentes.” “O conservador-restaurador não pode realizar qualquer trabalho artístico, nem usar os materiais de modo a expressar uma intenção artística, pois lida com obras com valor histórico, que têm marcas que simultaneamente são marcas de degradação e marcas da história. Ele pretende minimizar os problemas de degradação, mas eliminar o menos possível as marcas da história — o que frequentemente é algo contraditório. O conservador-restaurador intervém o menos possível na obra, minimizando as marcas que nela deixa, evitando que a sua intervenção possa causar outros danos à obra, de imediato ou no futuro, permitindo que essa mesma obra e a sua história possam ser convenientemente usufruídas no presente e transmitidas às gerações futuras.” O artigo completo pode ser lido no site do jornal Público. #minasgerais #artesacra #arte #conservação #restauração #juizdefora
- A Arte Fiorentina
Hoje, não vamos falar apenas de artesanato. Vamos falar de arte. Mais especificamente, uma arte italiana que já apareceu no Ateliê algumas vezes. Vamos nos aprofundar um pouco mais sobre isso? Florença é conhecida como uma cidade excepcionalmente rica em arte. São muitos os gênios da arquitetura, pintura e escultura reunidos em sua história. Há quem diga que, em poucos lugares do mundo, existam tantas obras, trabalhos, esculturas e pinturas reunidos. Por isso, a cidade é, até hoje, motivo de inspiração para tantos artistas. Dentro dessas artes, temos uma série de tipos de decoração – e a chamada Arte Fiorentina (ou Florentina) é uma delas. É uma técnica de pintura criada na cidade, que inclui a aplicação de carimbos e estampas em madeira, com uso de folhas de ouro, esmaltada ou envelhecida. Os relevos formam desenhos de florais, ramos e outros desenhos – ou seja, tudo começa lá atrás, com o artesão que modifica a madeira ou o material sobre o ela por meio de carimbos que provocam os relevos e contornos. Precisa dizer que o resultado é surpreendente? Hoje, já encontramos versões modernas desse estilo. A técnica é aplicada em MDF, resultando em relevos e sulcos no objeto, preenchidos por tintas e vernizes. As marcações hoje são feitas com carimbos de bronze ou marcados de borracha sintética. Já fizemos uma versão do Baú Fiorentina de Ouro, lembram? Agora, o lançamento do Ateliê: Baú Arte Fiorentina. Mas qual a diferença dessas versões para a arte tradicional? Na Arte Fiorentina tradicional, os relevos baixos são pintados em cores diversas, após a aplicação da folha de ouro. Na Arte Fiorentina rústica, não há aplicação de ouro – a pintura é feita diretamente sobre a peça, também em cores variadas. Já aqui no Ateliê, adaptamos o conceito monocromático a essa arte, com aplicação de folhas de ouro, tinta automotiva especial e, finalizando, técnica de envelhecimento. Algumas imagens do processo: Gostaram? #artefiorentina #baú #mdf
- Cosme, Damião e Doum - Recuperação
Cosme, Damião e Doum – peça de gesso recuperada pelo Ateliê após diagnóstico de danos na estrutura e na pintura. A peça estava muito danificada, por isso, foram 3 meses de recuperação. Depois dos processos rotineiros que a técnica inclui (considerando a diferença entre Restaurar e Recuperar), a imagem foi pintada a óleo e envelhecida com betume. História Com certeza, todo mundo conhece a história de Cosme e Damião, mas quem foi Doum? Doum era filho de uma empregada dos irmãos, que morreu no dia seguinte ao martírio deles. É comum, na imagem dos dois, ser inclusa a imagem de uma criança – que representa Doum. Confira o antes e o depois do processo nas imagens: #artesacra #arte #sacro #restauro #cosmeedamião #pintura #recuperação
- Victoria&Albert Museum - Londres
Em visita a um dos museus mais procurados da capital inglesa, aproveitamos para destacar algumas imagens de acervo que nos chamaram a atenção. Confira abaixo: St. George 1500-1515 Pintura em terracota, da Espanha, Seville. Anjo Gabriel da Anunciação 1415-1450 Sobrevivente rara da escultura na madeira da França no século 15. A Virgem e a Criança 1520-1525 Trabalho de pintura na madeira, possivelmente alemão. Suportes de metal que a mantinham suspensa garantiam a teatralidade comum nas igrejas alemãs do período. Retábulo de St Margaret 1520 – Pintura e douramento na Madeira, possivelmente alemã. Traços múltiplos apontam que pode ter sido feita por diferentes artistas. #artesacra #london #arte #religioso #arts #pintura
- Baú Princesa Medieval
Baú Princesa Medieval - peça de MDF confeccionada com pintura especial, envelhecimento e aplicação de decoupage e relevo. #baú #decoupage
- Bancos de madeira - Recuperação
Sabe aquele banquinho velho de madeira, sem graça que está encostado em um canto por aí? Então, com um pouco de criatividade, ele pode ganhar nova cara e dar mais leveza para a decoração do ambiente também. Primeiro, escolhemos a técnica da decoupage com guardanapo para recuperar dois banquinhos. Para fazer o par, o ideal é optar por guardanapos com estampas iguais. Nas cores, preto e branco – que é uma combinação bem básica e versátil, não tem erro. ANTES DEPOIS Nos outros dois, a técnica escolhida foi do rolinho com arame. Preto e branco novamente e aí está o resultado. ANTES DEPOIS Para quem tem dúvidas, não deixe de ler sobre as diferenças entre restaurar e recuperar uma peça. #decoupage #reciclagem #recuperação
- Santa Rita de Cássia
Santa Rita de Cássia – peça de gesso confeccionada pelo Cristina Martins Ateliê sob iconografia oficial da imagem. #decoração #artesacra #sacro #religioso #pintura
- Africana de Gesso
Africana Palito com cesta na cabeça - peça de gesso confeccionada com técnica que inclui aplicação de betume com pasta dourada. #africanas #gesso